segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CAMINHANDO NA CHUVA À TARDE NO IGAPÓ...RESULTOU NUMA CRÔNICA.




A barragem do Igapó continua enchendo pelo excesso de chuvas que cai sobre a terra...




 Chovia a cântaros e a enxurrada descia velozmente pela Rua Bélgica...


 Alguns como eu apareciam se exercitando embora o prenúncio de chuva...até as luzes se acenderam no lago porque começava a escurecer...

O pingos da chuva brincavam ao cair nas águas e formavam algumas ondinhas...



Ao chegar em casa da janela avistei os fundos da casa que tinha este cenário de muita chuva...
Diante da chuva inesperada que tomei...surgiu a ideia desta crônica: 

" Uma tarde chuvosa às margens do Igapó "

Bem que a televisão noticiou que vinha mais chuva. Fui ao centro de carro com meu filho Fábio, visitei o Sebo Capricho da Rua Mato Grosso, saí dali e fui ao calçadão da Avenida Paraná encontrei alguns amigos bati um papo, logo avistei o Alex, (trabalhamos juntos na Rádio Londrina) trocamos umas palavras e logo fui a Biblioteca Pública de Londrina (devolver livros que li e pegar outros para a leitura semanal). Posteriormente desci em direção ao Igapó para minha caminhada do dia. Passei pelo Zerão e logo estava andando pela ciclovia. Nossa! As árvores caídas continuam caídas e uma impedindo o ir e vir das pessoas e bicicletas. Nada foi feito para retirar os galhos nas imediações.

Ao distanciar-me um pouco ouvindo um som da Rádio Paiquerê FM começaram os pingos da chuva bem levemente. É ela chegou tão mansinha, tão silenciosa, que eu custei a perceber, depois de uns quinhentos metros a água caía a cântaros e ao longe se ouvia os trovões.  Quando saí de casa parecia normal, o céu claro e os raios do sol davam impressão que não choveria não sendo um dia nem muito quente e sem chuva. De repente senti a chuva desabar sobre mim e ficar completamente molhado... seguia em frente e via alguns correndo, outros caminhando, e eu continua sobre os pingos da chuva que não paravam. É a chuva às vezes pegam alguns desavisados de surpresa na rua, sem guarda-chuvas, sombrinha e correndo para pegar ônibus e ou se proteger. E assim, com os pingos da chuva batendo em meu rosto, andando mais rápido, cheguei à minha casa todo molhado e um bom banho quente tomado. 

BLOG LITERATURA: JORNALISTA EDISON MASCHIO E SEU NOVO LIVRO:" UMA BALZAQUIANA SENTADA NUM LAMAÇAL"

                                            Escritor e jornalista de Londrina Edison Maschio
Estou lendo este livro do meu amigo jornalista Edison Maschio. Presenteou-me um exemplar. Ele é um dos grandes escritores de Londrina. Em seu novo livro faz uma sátira para revelar golpes, vantagens, manobras , conchavos , espertezas e gambiarras que correm mundo afora. Satiriza os costumes  e mostra como a República Tropical navega em águas turbulentas com risco de ser arrastada pela correnteza.
Recomendo este livro. 

domingo, 29 de setembro de 2013

ILHAS MARAVILHOSAS...PORÉM MAIS PERIGOSAS DO MUNDO.






Saba é uma pequena ilha das Antilhas holandesas, com boa parte de seus 13 km² cobertos por montanhas e com casinhas onde moram seus cerca de 1,2 mil habitantes. Nos últimos 150 anos, a ilha foi atingida por mais furacões do que qualquer outra região do planeta, incluindo quinze tempestades de categoria 3 e sete de categoria 5, as mais violentas de todas, com ventos de mais de 250 km/h.
Atol de Bikini, Ilhas Marshall

Formado por 36 ilhotas que rodeiam uma lagoa, o Atol de Bikini é símbolo do auge dos testes nucleares. O local foi usado para testar armas nucleares mais de 20 vezes entre 1946 e 1958. Apesar da área ter sido declarada como livre de vestígios tóxicos em 1997, os habitantes locais nunca quiseram voltar definitivamente. É fortemente desaconselhado comer qualquer coisa que provenha da área. Pela ausência de pesca, a vida submarina é abundante e atrai muitos mergulhadores.
Ilha de Gruinard, Escócia
Pequena porção de terra ovalada do norte da Escócia, a Ilha de Gruinard foi usada pelo governo britânico para testes com armas biológicas durante a Segunda Guerra Mundial. Os experimentos foram realizados na ilha desabitada com o perigoso vírus antraz, que matou centenas de ovelhas e forçou Gruinard a ser posta em quarentena. A ilha foi descontaminada nos anos oitenta, usando-se toneladas de produtos químicos. Ainda não é aconselhavel ficar por lá, sabe como é … esse descontaminada nunca é 100%.
Ilhas Farallon, Estados Unidos
Entre 1946 e 1970, o litoral das Ilhas Farallon, a 40 km de São Francisco, foi usado como depósito de lixo radioativo. Estima-se que mais de 48 mil barris tenham sido descartados no local, mas o perigo que eles apresentam ao meio ambiente ainda não está claro. A região é habitada por elefantes marinhos que atraem numerosos tubarões brancos. É melhor pensar duas vezes antes de mergulhar nas águas das Ilhas Farallon.
Ilha Ramree, Myanmar
Situada no litoral do Myanmar, a ilha Ramree é conhecida por um incidente que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, após uma batalha entre tropas japonesas e britânicas, soldados nipônicos foram obrigados a se esconder em pântanos, e mais de 400 deles foram devorados por crocodilos. O episódio entrou no livro dos recordes como “o maior desastre sofrido por homens por causa de animais”.
Danger Island, Seychelles

Danger Island, ou Ilha do Perigo, encontra-se 800 km ao sul das Maldivas, no Oceano Índico, e recebeu esse nome pela ausência de ancoragem segura. Os primeiros exploradores que chegaram a esta estrutura de coral de 2 km de comprimento por 400 metros de largura sofreram e se arriscaram para atingi-la. Hoje, com cartas náuticas adequadas e GPS sofisticados, o local continua sendo um desafio para os velejadores.

UM "LATA VELHA" QUE SE TRANSFORMOU EM CARRO NOVO

 Este é o Reginaldo Faria, ex-árbitro da Federação Paranaense de Futebol, foi responsável pela arbitragem de muitas disputas esportivas em diversos gramados de Londrina e região. Atualmente é funcionário da UEL. Ele está feliz da vida em seu carro transformado...
Ele disse: "Não tenho tudo que amo...mas amo tudo que tenho" e neste pensamento resolveu reformar seu carro e o transformou no que é mostrado nas fotos.
 Não precisou ir ao programa "Lata Velha" de Luciano Huck da Globo para realizar seu sonho...conseguiu arrumar seu carro que está legal e pronto para qualquer estrada. 

Ele gosta seu carro e resolveu arrumá-lo deixando em estado de novo. Completamente reformado ele segue dirigindo seu carro pelas ruas e estradas afora. Isso é para mostrar que a felicidade está nas pequenas coisas que se transformam em grandiosidade e faz as pessoas felizes. Felicidades Reginaldo...que todos os seus sonhos se tornem realidade e seu carro legal te leve aos caminhos de paz e tranquilidade.

sábado, 28 de setembro de 2013

EXPOSIÇÃO BÍBLICA NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA DO JARDIM IGAPÓ.





                A Bíblia é o livro que mais influência exerceu e tem exercido em toda a história da Humanidade. É o mais importante compêndio de que o homem dispõe para compreender sua história e o plano divino do Criador para com suas criaturas.
            As Escrituras Sagradas têm este nome por conterem os escritos da Lei de Deus, trazidos ao mundo em diversas épocas, de acordo com o nível de compreensão dos seres humanos. Mas não é como qualquer outro livro, pois os ensinos contidos nele transcendem e posicionam-se acima de qualquer outro existente no mundo.
É considerada sagrada porque seu conteúdo propõe-se a tornar os homens puros, santos, livres de seus erros.Origem de alguns termos importantes utilizados:
              · Bíblia - A palavra bíblia vem do grego biblos, que era a casca de um papiro do século XI a.C., utilizado para anotar os escritos. A palavra latina Bíblia, no entanto, só foi utilizada depois do século II d.C

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Jardim Igapó realizou nesta semana duas noites com Estudos Bíblicos ministrados pelo Frei Ildo Perondi, professor da PUC, explanando sobre a Bíblia para que os fiéis se tornem conhecedores da palavra de Deus e tenham uma visão melhor nos caminhos da evangelização.
Neste sábado(28/09/2013), na parte da manhã, houve a a Exposição Bíblica, no Salão Paroquias, com a presença de catequistas , catequizandos e pais. Esta exposição foi organizada pela Pastoral Catequética, Frei Ildo,Pároco Frei Tosta, Frei Márcio, assessor da catequese e os Freis Douglas e João Paulo.

Eis a fotos que registram este momento importante para a comunidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida...À tarde será realizada a Gincana Bíblica. 


























sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SERÁ QUE TEM FUTEBOL NO CÉU? É INDAGAÇÃO DE QUEM AMA O ESPORTE!


Juca Kfouri
POR LUIZ GUILHERME PIVA







Uma gigantesca dúvida assola a humanidade: existirá futebol depois da morte? Tá bom, uma parte da humanidade. A minoria, ok. Como? Vocês nunca nem pensaram nisso?
Então tá. Uma gigantesca dúvida me assola (eu sou parte da humanidade, e tenho direito a minhas dúvidas gigantescas): haverá futebol no céu? No purgatório? No inferno?
Eu suponho que sim. Afinal, o que haveria de melhor para se fazer para passar a eternidade?
Sabemos – tá bom, só eu sei – que há coisas na outra vida para ocupar o tempo e justificar os três estágios.
Alguns exemplos.
No céu, tocar lira, soprar trombetas e ver o blue-ray da história da criação. No purgatório, assistir a stock car, ler códigos de leis e processos e debater filmes de arte. E no inferno – Deus me livre de eu ir lá! -, participar de planejamento estratégico situacional.
Mas só isso não justifica a aventura humana. Nascer, crescer, lutar, trabalhar, amar, sofrer, reproduzir-se e morrer, gerações e gerações, edificando a obra de Deus na Terra somente para isso?
Nananina.
Alguma recompensa há de haver. Sexo está descartado. No céu, porque é pecado. Nos outros dois, porque é prazer.
Então, só pode ser futebol. Assistir, jogar, discutir, inventar, lembrar, sofrer – enfim, o futebol tal e qual.
No céu, com certeza, devem ficar os grandes craques, as peladas, os teipes antigos, as mentiras sobre o que já fizemos e vimos outros fazerem, as goleadas e um telão passando “Pelé Eterno” sem parar.
No purgatório, as bolas na trave, os jogos roubados, os pay-per-view, os cabeças de área, os chiados no rádio, as mesas-redondas e um telão com palestras intermináveis de técnicos acerca de táticas de jogo.
Já no inferno estarão os juízes, as torcidas organizadas, os cartolas, os zero-a-zeros, as vuvuzelas e um telão passando infinitamente Itália 3 x 2 Brasil da Copa da Espanha.
Mas, claro, pode ser que não haja nada disso. Nem futebol, nem anjos, nem filmes iranianos (ufa!) e nem (viva!) janela de oportunidade, missão, visão e power point.
Ou seja. Nada.
Em outras palavras, pode ser que não haja vida após a morte, que é uma pergunta que assola algumas pessoas. Hein? Muitas? Tá bom, muitas pessoas. Mais que muitas? Todas? A humanidade inteira? Ah, não. Aí é exagero.
Eu, pelo menos (ou seja, restaria somente a humanidade menos um), não estou nem aí pra isso.
O que importa pra mim é saber se vai ter futebol.
Vocês que percam seu tempo com essas bobagens.
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MAZZAROPI ...A HISTÓRIA DE UM DOS MAIORES HUMORISTAS DO CINEMA BRASILEIRO.











Mazzaropi - Quando eu comecei minha vida artística, muito pouca gente que vai ler esta história existia. Nasci em 1912, e na época em que comecei tinha uns quinze anos. Naquele tempo, o gênero de peças que fazia sucesso no teatro era caipira. E, como todo mundo, eu gostava de assisti-las. Dois atores, em particular, me fascinavam. Genésio e Sebastião de Arruda. Sebastião mais que Genésio, que era um pouco caricato demais para meu gosto. Nem sei bem por que, de repente, lá tava eu trabalhando no teatro. Mas não como ator - eu pintava cenários. Aliás, eu amava a pintura, sempre amei a pintura. Pois bem, um belo dia "perdi" o pincel e resolvi seguir a carreira de ator. No começo procurei copiar a naturalidade do Sebastião, depois fui para o interior criar meu próprio tipo: caboclão bastante natural (na roupa, no andar, na fala). Um simples caboclo entre os milhões que vivem no interior brasileiro.

Saí pro interior um pouco Sebastião, voltei Mazzaropi. Não mudei o nome (embora tivessem cansado de me aconselhar a mudá-lo) por acreditar não haver mal nenhum naquilo que eu ia fazer. Os amigos diziam que Mazzaropi não era nome de caipira, que era nome de italiano, mas eu respondia para eles que, se não era, iria virar. Que eu não tinha vergonha do que ia fazer e, por isso, ia fazer com meu nome. E o público gostou do meu nome, gostou do que eu fiz. Turnês em circos, teatros, recitando monólogos dramáticos, fazendo a platéia rir, chorar. Mas sempre com uma preocupação: conversar com o público como se fosse um deles. Ganhava 25 mil-réis por apresentação quando comecei, passei a ganhar bem mais quando montei a minha própria companhia (1). De nada adiantou a preocupação dos meus pais quando eu saí de casa: "quem faz teatro morre de fome em cima do palco". Eu fiz e não morri, pelo contrário, sempre tive sorte - sempre ganhei dinheiro. Mas eu era bom, era o que o público queria.
Em 1946 assinava um contrato na Rádio Tupi - onde fiquei oito anos. Em 1950 ia para o Rio de Janeiro inaugurar o canal 6, e começava minha vida na televisão (2). Um dia, num bar que havia pegado ao Teatro Brasileiro de Comédia, entrou Abílio Pereira de Almeida. A televisão estava ligada, o programa era o meu. Ele me viu. Uma semana depois, uma série de testes me aprovava para fazer o meu primeiro filme: "Sai da Frente". Meu primeiro salário no cinema - 15 contos por mês. No segundo já ganhava 30, depois 300, hoje eu produzo meus próprios filmes. E o público, como no meu tempo de circo, vai ver um Mazzaropi que faz rir e chorar. Um Mazzaropi que não muda.



Observações do Museu Mazzaropi
(1) Após realizar seu último filme pela Cinedistri, Chico Fumaça, de 1956, Mazzaropi já era famoso no cinema nacional e resolveu que estava na hora de investir em si mesmo. Isso porque via as grandes filas no cinema e eram, geralmente, os donos das produtoras que sempre ganhavam muito dinheiro.
O sucesso de Chico Fumaça fez com que Mazzaropi comentasse com sua mãe, Dona Clara, que o proprietário da companhia Cinedistri, sr. Massaini, ganhara muito dinheiro com o sucesso dos filmes em que ele participara e pediu para que ela o apoiasse num investimento que pretendia fazer.
Ele queria produzir um filme, mas para levar seu projeto adiante não hesitou em se desfazer dos seus bens: dois carros Chevrolet americanos, terrenos, economias bancárias e perguntou ao seu filho de criação, Péricles Moreira, se fosse necessário, se ele não se importaria em trocar o colégio particular por um colégio estadual. Mazzaropi ficou apenas com o terreno do Itaim Bibi.
Em 1958, consegue produzir seu primeiro filme, Chofer de Praça. Não foi fácil, no início teve que alugar os estúdios da Cia Vera Cruz para as gravações internas e as filmagens externas foram rodadas na cidade de São Paulo com os equipamentos alugados da Vera Cruz. Estava inaugurada a PAM Filmes - Produções Amácio Mazzaropi.

(2) Na verdade, em setembro de 1950, Mazzaropi, com 38 anos, estreava na TV Tupi de São Paulo o mesmo show que tinha sido sucesso durante muito tempo na Rádio Tupi: Rancho Alegre - o programa era ao vivo, todas as quartas, às 21 horas.
Quatro meses depois, janeiro de 1951, Mazzaropi é convidado para a inauguração da TV Tupi no Rio de Janeiro. No alto do Pão de Açúcar, onde se achava instalada a torre transmissora, acontece a grande festa com a presença do Presidente, General Eurico Gaspar Dutra.
A apresentação do show inaugural coube a Luis Jatobá, primeiro locutor da Tupi carioca.
Mazzaropi também passou pela TV Excelsior fazendo parte de um programa de sucesso na época, apresentado por Bibi Ferreira, Brasil 63. 

Quando eu morrer, me chamarão de gênio, disse Mazzaropi
da Livraria da Folha
Hoje, a importância de Amácio Mazzaropi para a história do cinema e da comédia no Brasil é reconhecida. Em sua época, porém, ele recebia críticas duras da chamada elite cultural. Por falar com simplicidade, usando a "língua do povo", os intelectuais consideravam os seus filmes superficiais.
12.fev.1963Edvaldo Silva/Acervo UH
Ator Amácio Mazzaropi, famoso por seu personagem caipira, durante entrevista
"Pois é, falam mal de mim", disse Mazzaropi no fim de sua carreira. "Só quero ver quando eu morrer. Daí vão fazer festivais com meus filmes e tem gente que é capaz de dizer até que eu fui um gênio."
Nascido em São Paulo (SP), no bairro de Santa Cecília, ele fugiu com o Circo La Paz aos 14 anos. Viajou pelo interior do país na companhia circense, período que inspirou alguns de seus personagens, como o caipira.
A Companhia de Teatro de Emergência foi criada por Mazzaropi em 1935. Uma década depois fechou um contrato com a rádio Tupi do Rio. Seu primeiro filme, "Sai da Frente", chegou aos cinemas em 1951.
Sete anos mais tarde montou sua própria produtora, a Produções Amácio Mazzaropi - Pam Filmes.

UMA CACHORRA 'PIT BULL" ADOTA E AMAMENTA CINCO FILHOTES DE GATA EM FRANCA, SÃO PAULO.

Afeto de cadela com filhotes foi espontâneo, garante moradora de 57 anos.
'Mãe natural' não se incomoda e parece confiar em 'mãe adotiva', diz dona.

Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e Franca

                                                                  Jade amamenta os filhotes da gata Mel em Franca (Foto: Stella Reis/EPTV)


Há um mês, a auxiliar de serviços gerais de Franca (SP), Nina Azevedo (SP), se viu diante de uma situação inusitada dentro de sua casa no bairro Jardim Luiza II. A sua cachorra Jade, de 2 anos, mestiça das raças pit bull e fila, adotou como se fossem seus os cinco filhotes da gata Mel, de dez meses. “Eu nunca vi isso, até tentei obter ajuda sobre como agir, com medo de que ela fizesse algo com os gatinhos”, afirmou.
Segundo Nina, quando aconteceu a primeira aproximação entre a cachorra e os recém-nascidos, a primeira impressão foi de que Jade machucaria os pequenos gatos. Mas logo o que poderia ser uma convivência perigosa se tornou uma relação de afeto inesperada. “Quando a Mel teve os filhotes fiquei com medo. A Jade começou a lambê-los e fique com medo de que fossem comidos, mas ela os adotou, acabou ficando com eles. Ela chora por causa deles”, conta a auxiliar de serviços gerais.
Se o comportamento da cachorra foi surpreendente, assim também foi o modo como a mãe natural, a Mel, encarou a situação, relata a moradora de Franca. Como se confiasse em Jade, a gata abandonou os filhotes aos cuidados da pit bull e continuou a manter uma rotina semelhante à que tinha antes de engravidar. “A Mel passeia muito, virou uma coisa. Sai pela rua paquerando. Ela não esquenta a cabeça. A Jade é igual a mim, é mais responsável”, diz Nina, comparando seu instinto materno com o da cachorra.
Jade acolhe um dos filhotes da gata Mel, que já espera outros gatinhos (Foto: Stella Reis/EPTV)Jade acolhe um dos filhotes da gata Mel, que já
espera outros gatinhos (Foto: Stella Reis/EPTV)












De acordo com a criadora, a relação de afeto se estabeleceu principalmente depois que Mel parou de amamentar por ter leite insuficiente para os filhotes. Espontaneamente Jade tomou os gatinhos da mãe e passou a amamentá-los. “A Mel ficava com eles, mas a Jade tirava e logo começou a dar de mamar naturalmente, sem necessariamente ficar prenha.”
O temperamento amigável da pit bull, criada desde quando tinha 20 dias de vida por Nina, também ajudou nesse processo, segundo ela. “A Jade chegou a ter filhote quando tinha dez meses, teve oito filhotes, os vendi. Ela é companheira, não briga, não estranha ninguém. Só não aceita outro cachorro ou outro gato dentro do quintal”, explicou Nina.
Gravidez psicológica
Segundo o médico veterinário e voluntário da Associação Vida Animal (AVA) de Ribeirão Preto, Marlus Mazer, o comportamento de Jade é normal. “É comum acontecer este tipo de prática. A cadela pode ter tido uma pseudo gestação devido aos estímulos visuais gerados ao ver os filhotes da gata, e táctil no momento em que eles estão se amamentando nela. Estes estímulos são responsáveis pela produção dos hormônios responsáveis pela produção de leite”, explica.

Com cuidado, cachorra pega filhote com a boca (Foto: Stella Reis/EPTV)Com cuidado, cachorra pega filhote com a boca
(Foto: Stella Reis/EPTV)
Sobre a possível gestação psicológica de Jade, Mazer explica que isso poderia ter acontecido não apenas com os filhotes da gata. “Qualquer animal ou até um objeto inanimado, como um urso de pelúcia ou uma garrafa pet, podem despertar no animal a gravidez psicológica. O que é indicado é castrar o animal, porque esta pseudo gestação, pode gerar descontrole hormonal e a criação de tumores no útero ou no ovário, colocando a vida dele em risco.”
Sem condições de cuidar de todos os animais e com mais uma gestação da Mel confirmada, a auxiliar de serviços gerais disse que pretende doar os gatinhos. Mais do que da mãe natural, o mais difícil, segundo ela, será afastar os gatinhos da mãe adotiva. “Eu vou doar os filhotes. A Mel vai ganhar mais filhotes daqui uns dia de novo. Mas estou com dó de tirá-los da Jade. A Mel não está nem aí”, diz.
Filhotes disputam a 'mamãe' Jade na casa da auxiliar de serviços gerais (Foto: Stella Reis/EPTV)Filhotes disputam a 'mamãe' Jade na casa da auxiliar de serviços ge

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O CÃO BEETHOVEN ESPERA SEU DONO QUE MORREU E SOFRE POR SUA AUSÊNCIA.


Há quatro meses, cão monta guarda, em vão, à espera do dono.

Postado por

ROBERTO DE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

 

Ninguém imaginaria que aquele bichinho, abandonado numa favela, infestado de carrapatos e tomado pela sarna, sobreviveria a doenças de pele espalhadas pelo corpo.Voluntários de uma ONG recolheram o cão e lhe deram tratamento. Faltava um lar. José Santos Rosa, funileiro da zona leste paulistana, quis ficar com ele. O filhote chegou numa caixa de sapatos.Zé pensou em levá-lo para casa, mas, ao saber que o cão ficaria "gigante", herança de seus traços genéticos, mezzo labrador, mezzo rottweiler, resolveu deixá-lo na oficina.

Logo, Beethoven passou a orquestrar barulhos por onde andava. Serelepe, cruzava fácil as grades do portão, que ganhou tampões de madeira para mantê-lo a salvo da rua.O cãozinho lembra a vizinha Margareth Thomé, 47, "achava que era gato": escalava o muro da funilaria e andava sobre ele, espreitando, ansioso, a chegada do dono.

Na tentativa de conter o ímpeto felino do cão, Zé levantou ainda mais o muro.Por volta das 7h, o barulho do molho de chaves de Zé era a senha para Beethoven pular da cama e ir direto se sacudir no colo do dono.Sábado, domingo ou feriado, sol e chuva, pouco importava o dia, tampouco o clima, lá estava ele, postado na entrada, fazendo festa para Zé.

Mas, desde o dia 8 de junho, uma manhã de sábado, o silêncio e a tristeza tomaram conta de Beethoven: a rotina de latidos, saltos e carinhos, ao longo de quatro anos, foi interrompida.Na noite anterior, depois de se despedir do "amigão", como era de costume, o funileiro pegou o carro para ir embora. Dirigia pela Avenida Rio das Pedras (zona leste), quando, sentindo fortes dores no peito, procurou às pressas um lugar para estacionar.

Ligou para o Samu. A emergência veio rápido, só que tarde demais: Zé, 54, sofreu um ataque cardíaco. Deixa a mulher, duas filhas e Beethoven.

'SEMPRE AO SEU LADO'

"O cachorro ficou tão desamparado quanto elas", diz Margareth. A vizinha fez uma "vaquinha" para comprar ração, mas o apetite do cão, antes voraz, diminuiu bastante.Ela pretende encontrar um novo lar para Beethoven, que hoje divide o teto com outros seis cães de rua, trazidos por um carroceiro que está "ocupando" a funilaria. A família de Zé não tem condições de ficar com Beethoven, que foi para adoção (www.facebook.com/cristiane.biral).

"Quando ele ouve o barulho de chaves, vem correndo para o portão", conta Margareth. "Acha que é o Zé."Elvira Brandolin, 79, outra vizinha, lembra que a rua nunca esteve tão calada. "Ele latia fazendo festa para o Zé. Infelizmente, a festa acabou."

A persistência de Beethoven fez com que seus vizinhos enxergassem semelhanças entre o cão sem raça definida e a tocante história de Hachiko, o cachorro akita do filme "Sempre ao Seu Lado".Após a morte do dono, Hachiko continua indo "buscá-lo" na estação de trem, assim como Beethoven continua lá, às portas da funilaria, à espera do amigo humano.Baseado em uma história real acontecida no Japão, o longa fez sucesso com Richard Gere no papel do professor, dono do cão, que morre, assim como o Zé, vítima de um ataque fulminante.

Mesmo calado e desolado, Beethoven continua fiel à guarda matinal à espera de Zé, todos os dias, às 7h.O que ele ainda não sabe é que o dono jamais voltará.