quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A PUC-SP DISPONIBILIZA "BANHEIRO UNISSEX"...ELE E ELA USAM O MESMO BANHEIRO! É CERTO?



Na rede social, o debate alcançou um milhão de pessoas. 

A maioria curtiu, mas quase cinco mil não gostaram











A mudança de um banheiro na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo abriu um debate intenso sobre a questão da diversidade de gênero.
Você pode estranhar, mas essa reportagem começa no banheiro. Não que a gente vá expor a intimidade de alguém. Não, e até ao contrário: o que a gente quer mostrar é como 44 metros quadrados deram publicidade a uma questão polêmica: homens e mulheres podem compartilhar o mesmo espaço nessas horas de privacidade? Nós estamos prontos para uma nova arquitetura social que inclua banheiros unissex?
Uma placa inaugurou a inovação no campus da PUC de São Paulo.
“Eu estava sentado do lado de fora, e aí quando colocaram, eu entrei para ver como era e eu achei muito bacana a iniciativa, então foi um momento marcante para mim, porque eu vi aquilo e eu vi as pessoas meio confusas com o que estava acontecendo”, disse o estudante de administração Antonio Carlos Nardi.
Um outro estudante de administração foi pragmático: “É bom, porque agora tem um banheiro no meu andar.”
A de relações internacionais fez propaganda. “Homens, mulheres, pessoas que não se identificam com padrão de gênero. Todo mundo no mesmo espaço, convivendo. É bem importante”, disse Ingrid Guzeloto.
E Mateus Moraes se sentiu mais à vontade. “Às vezes, eu gosto de fazer alguma maquiagem, e eu sinto preconceito, alguma hostilidade no banheiro masculino. E nesse banheiro a gente sente essa maior liberdade”, disse o estudante de publicidade e propaganda.
A reitora esteve dentro da ideia desde sempre. “Simplesmente pusemos uma placa nesse banheiro, como um banheiro unissex, se você quiser assim. E nos surpreendemos com a reação fora da universidade”, contou a reitora da PUC/SP Maria Amalia Andery.
Na rede social, o debate alcançou um milhão de pessoas. A maioria curtiu, mas quase cinco mil não gostaram. As críticas falam em transmissão de doenças, desrespeito à igreja, porque a universidade é católica, e até risco de violência.
Repórter: Tem medo disso?
Estudante: Eu tenho medo disso como em qualquer outro lugar.
“O amadurecimento da sociedade é bem necessário, por conta desse negócio de assédio. Mas eu acho se não começar uma hora, acho que nunca vai ter uma mudança”, afirmou a estudante de direito Maira Vasconcellos
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