quarta-feira, 18 de outubro de 2017

AGORA AS LEIS NÃO ATINGEM OS PODEROSOS: VITÓRIA DE AÉCIO SERVIU DE BLINDAGEM GERAL!




Por
CAROLINA BAHIA





Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS


Com a vitória de Aécio Neves (PSDB-MG) o Senado começa a estancar a famosa sangria da Lava-Jato, legislando em causa própria. Por 44 a 26 votos, os senadores derrubaram a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e devolveram ao tucano o exercício do mandato, acabando com o tão polêmico recolhimento noturno. Com isso, os senadores começam a construir uma blindagem para os demais parlamentares que também estão na mira da Lava-Jato e, mais cedo ou mais tarde, serão julgados pelo Supremo. Não à toa, os principais integrantes da tropa de choque de Aécio foram os senadores do PMDB campeões de inquéritos: Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR). A vitória do tucano passou a ser construída ao longo do dia, mas houve um esforço para garantir um placar confortável. Parlamentares em licença médica foram chamados. O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), que passou mal no início da tarde, deixou o hospital para votar. Os parlamentares não tomaram essa decisão pensando no eleitor. Eles salvaram o colega, pensando no dia seguinte. Tudo isso, com a benção do STF, que passou a bola para o Congresso, abrindo a porteira da impunidade.

Boletim
Boletim do Instituto de Cardiologia afirmava que o senador Paulo Bauer permaneceria internado para observação, depois de ter apresentado um quadro de dor toráxica. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), no entanto, atrasou o fim da sessão para esperar pelo líder dos tucanos.

Harmonia
Os três senadores catarinenses votaram em bloco, a favor do senador Aécio Neves. Acompanharam as orientações de seus partidos: PSDB e PMDB.

Arquivamento
A Procuradoria-Geral da República, com base em relatório da Polícia Federal, pediu arquivamento do caso enquadrado na Lei Maria da Penha, envolvendo o senador Lasier Martins (PSD) e a ex-mulher Janice dos Santos. O relator no STF, ministro Edson Fachin, ainda não se manifestou.

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